Em entrevista concedida na noite de sábado (11) ao portal @nasruasdeitz, o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), foi categórico ao negar qualquer possibilidade de renunciar ao cargo como gesto de pacificação entre os aliados do ministro do STF Flávio Dino e o grupo político do Palácio dos Leões, liderado pelo governador Carlos Brandão (PSB).
Camarão afirmou que “não vai ter acordo”, deixando claro que não pretende abrir mão do posto nem aceitar imposições políticas que prejudiquem o campo liderado por Flávio Dino.
“Infelizmente não vai ter acordo”, afirmou o petista, rebatendo a hipótese de renúncia em troca de pacificação e cobrando de Brandão o cumprimento dos compromissos firmados à época em que Flávio Dino ainda fazia política ativa no estado.
Atualmente em quarto lugar nas pesquisas, Felipe Camarão também criticou o comportamento político do governador e fez questão de lembrar que a lealdade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve prevalecer sobre interesses pessoais.
“O governador Carlos Brandão não pode impor condições à sucessão se for leal ao presidente Lula”, disparou o vice-governador.
As declarações escancaram o clima de tensão dentro da base governista maranhense, que tenta manter a unidade após a ascensão de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal. Ao negar qualquer possibilidade de renúncia, Felipe Camarão envia um recado direto ao Palácio dos Leões: não há espaço para acordos que não respeitem os compromissos e a hierarquia política construída sob a liderança de Dino e do PT.