O Hamas concluiu, nesta segunda-feira (13), a libertação dos reféns vivos que eram mantidos na Faixa de Gaza. O resgate ocorreu em duas etapas, sendo a primeira com sete pessoas e a outra, com 13. Os corpos dos demais 28 reféns, por sua vez, serão entregues nas próximas horas.
O transporte é feito pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, conforme estipulado no acordo de paz assinado por Israel e Hamas. Após o resgate, os reféns foram levados a uma parte de Gaza controlada por militares israelenses e, depois, transferidos para uma base militar no sul de Israel. No local, se encontraram com familiares.
Veja os nomes dos reféns vivos libertados:
- Bar Kupershtein
- Evyatar David
- Yosef-Chaim Ohana
- Segev Kalfon
- Avinatan ou
- Elkana Bohbot
- Maxim Herkin
- Nimrod Cohen
- Matan Zangauker
- David Cunio
- Chifre de Eitan
- Matan Angrest
- Eitan Mor
- Gali Berman
- Ziv Berman
- Omri Miran
- Alon Ohel
- Guy Gilboa-Dalal
- Rom Braslabski
- Ariel Konio
Confira o post no X: https://twitter.com/bringhomenow/status/1977645470584606960?ref_src=twsrc%5Etfw
Assim que o Hamas liberar os restos mortais dos demais reféns, 1,7 mil prisioneiros palestinos serão libertados pelo governo de Benjamin Netanyahu e levados para a Faixa de Gaza. Com isso, a primeira fase do acordo de paz estará concluída, abrindo espaço para a saída das tropas israelenses do enclave palestino.
Pelas redes sociais, Netanyahu emitiu uma nota de boas-vindas aos reféns, informando que todos receberam um kit com itens pessoais, um laptop, um celular e um tablet. “Em nome de todo o povo de Israel – bem-vindos de volta! Esperamos por vocês, nós os abraçamos”, escreveu.
Chegada de Trump
Nesta manhã (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou no Aeroporto Internacional Ben-Gurion, em Israel. Ele se encontrou com Netanyahu, com quem irá discursar no parlamento israelense, antes de seguir para o Egito, onde se juntará a líderes mundiais para uma cúpula sobre Gaza.
Acordo de paz
O acordo de paz na Faixa de Gaza, elaborado pelos Estados Unidos, engloba a libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas, vivos e mortos, em troca de 250 palestinos condenados e 1.700 detidos em Israel. O texto também inclui a retirada de tropas israelenses, a desmilitarização de Gaza e a entrada de ajuda humanitária na região, incluindo reabilitação de infraestrutura.
Ainda é proposto que, enquanto um novo governo não é firmado, o enclave palestino será administrado por uma gestão internacional temporária, chamada de “Conselho da Paz”, chefiada por Trump e outros líderes e ex-chefes de Estado, e composta por palestinos qualificados. O Hamas, por sua vez, não terá participação no governo.
Outros pontos do acordo incluem a criação de um plano de desenvolvimento para reconstruir e revitalizar Gaza; o estabelecimento de uma zona econômica especial com tarifas preferenciais e taxas de acesso negociadas; e a garantia de segurança por parceiros regionais, que deverão impedir o Hamas e outras facções de descumprirem os termos do acordo. Para os militantes que se renderem, Israel também prometeu anistia.